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26 de março de 2010

Os erros do PSDB

Ao avaliar causas e circunstâncias do crescimento da ministra Dilma nas pesquisas de opinião pública sobre a corrida presidencial, as principais lideranças oposicionistas fornecem conclusões que talvez satisfaçam os incautos. O problema é que essas avaliações, contaminadas pelas conveniências que as aprisionam, estão separadas de um contexto amplo e distante da realidade e das circunstâncias que os seus próprios erros provocaram. Com isso, seus intérpretes revelam-se na verdade péssimos atores, proferindo declarações que nem os próprios acreditam.

Contudo, não é de duvidar que nos bastidores dessa novela burlesca, longe dos holofotes e do público, seus protagonistas assumam, única e reservadamente entre si, que as coisas escaparam às suas previsões. Fazer o quê agora? Admitir seus erros, jamais. O jeito é continuar nessa toada, adotando um comportamento hipócrita e, se possível, torcer por um milagre. Enquanto isso não acontece, propagam que o nome da ministra Dilma só cresceu por causa da superexposição na mídia, do constante viajar e inaugurar obras ao lado de Lula. Não por acaso intentam derrubar o PT e Dilma no tapetão, antes de sequer entrar em campo para a disputa limpa e democrática.

Há pouco, Serra era disparado o favorito. Para coroar essa projeção, seus áulicos diziam que voto e prestigio não se transferia e que Dilma seria apenas um poste. Segundo a ultima pesquisa CNI/Ibope, Serra hoje teria 35%, Dilma 30%, alem de estar caracterizando um quadro extremamente polarizado, existem outros aspectos importantes na pesquisa: na espontânea, Lula mesmo não sendo candidato, lidera com 20%, Dilma esta com 14% e Serra com 10%, a pesquisa aponta que 53% dos entrevistados, portando mais da metade dos brasileiros preferem votar em um nome apoiado pelo presidente Lula e que 42% desconhecem quem é o candidato apoiado por ele.

E agora, então: votos e prestigio se transferem? Vaticinam que Dilma chegará no máximo a 30%, limite que segundo eles é o teto do PT. Ou são amadores ou fingem crer nas próprias mentiras.

Em um esforço hercúleo para estancar na marra esse crescimento, fingem não enxergar que, fora a vigorosa popularidade de Lula, hoje há reais condições para Dilma realizar uma ampla aliança eleitoral com a participação do PMDB, PDT, PCdoB, PR, PRB, PP e possivelmente do PSB, que além do tempo de TV e rádio ampliará o seu potencial eleitoral. Pergunta-se: esses partidos coligados não iriam acrescentar voto para ela? É bom lembrar que nem mesmo Lula conseguiu reunir tantos partidos em torno de seu nome, o que confirma que Dilma tem ainda muito espaço para crescer.
No tucanato é formidável o festival de equívocos. O principal foi cometido na pré-campanha, ao aceitar de forma passiva as imposições de Serra, sepultando o debate interno sobre a escolha do melhor nome tucano para a disputa presidencial, descartando sumariamente um líder da estatura de Aécio Neves. Para agravar esse erro, realizam apelos infantis, ridículos, praticamente implorando que Aécio aceite ser o vice. Mais erros que os tucanos cometeram; permitir que Sérgio Guerra e FHC esquentassem o debate pré-eleitoral, ações que contrariam e contradizem frontalmente a tática de Serra, que é a de evitar a desqualificação atávica do governo Lula.

E a coleção de equívocos do PSDB inclui ainda: subestimar a candidatura de Dilma e criticar de forma leviana os programas do governo Lula, taxando-os como obra de ficção e, assim, perdendo credibilidade; ao render-se de forma inflexível às teses do neoliberalismo patrocinadas pelo DEM/PFL, praticando um verdadeira apostasia, comprometendo inclusive suas próprias biografias, abandonando de vez as posições históricas ligadas à social-democracia.

Finalmente o PSDB errou fragorosamente ao fiar-se e confiar nos efeitos da intensa proliferação de factóides com os quais contavam para desgastar Lula e a Dilma. Nessa empreitada, assumiu o risco de transformar-se em um corpo político inanimado, quase vegetativo, sobrevivendo graças a aparelhos conectados à grande mídia e presente na sociedade apenas pelo formalismo representativo. O que é uma pena.

Marcos Alex Azevedo de Melo

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